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Os 80 anos de Superman e a esperança que não pode morrer

"Be their hero, Clark. Be their monument, be their angel, be anything they need you to be. Or be none of it. You don’t owe this world a thing. You never did", Martha Kent

Superman é o primeiro super-herói de todos. Criado por Jerry Siegel e Joe Shuster, dois adolescentes judeus em pleno período de grande depressão nos Estados Unidos, eles, que assim como toda uma geração, viam pessoas se suicidando, os pais perdendo o emprego, corrupção epidêmica, decidiram criar um ideal, literalmente a idealização daquilo que nunca conheceram, algo que representasse o melhor que poderíamos ser. Aquele que poderia ser o opressor, subjugar a todos, estendendo as mãos para o desfavorecido no intuito de torná-lo igual. Superman muito mudou desde 1938, mas seu bom caráter é imutável.


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É claro que muitos mal roteiristas já passaram pelo Super nestes 80 anos, alguns criando histórias idiotas ou o fazendo comentários sexistas, manchas na história do herói. Eventualmente o herói branco, alto, hétero, casado, pai e do interior se tornaria antiquado, e tem se tornado cada vez menos atrativo para a geração. Zack Snyder precisou colocá-lo dualidade moral para tentar levar o público aos cinemas (já comentei sua genial metáfora divina para o Super), mas existem outros talentosos artistas que pegam estes conceitos e criam histórias de potencia inspiradora e universalmente identificáveis, como Grant Morrison, que a pouco mais de 10 anos criara Grandes Astros: Superman, justamente sobre como olhamos para o céu e, se vemos bondade naquele alienígena super-poderoso, devemos encontrar o melhor em nós mesmos.

E é ai que entra o Superman como simbolo do bem encarnado. Comentei da religião dos criadores porque muito se reflete na obra (claro, uma obra é reflexo de seu criador), mas ou seguintes autores acrescentaram mais uma camada em sua relação bíblica. Um pai manda seu filho a terra porque enxerga o potencial nos humanos, que aqui é adotado por dois simples em um ambiente simples, ao crescer percebe seus dons e que seu destino é salvar a humanidade, as rimas com a história de Jesus são muito claras. E assim como os cristãos com Jesus a ideia não é nos identificarmos com Superman, e sim ser um exemplo a ser seguido, ele é o "super homem", o melhor que um homem pode ser. Por isso que sua morte em 1992 foi tão impactante e significativa para tantos.

Interessante que ele nunca impõe o bem propriamente dito, seguindo a ideia de livre arbítrio, seguiremos o exemplo dele e, de dentro, mudanças graduais tornariam o mundo melhor. Não é por menos que algumas de suas principais histórias são combates a problemas reais como a fome. É precisamente o contrário do nilismo imposto na filosofia de Dr. Manhattan em Watchmen, em que o poder e a sabedoria são proporcionais a perda de humanidade e empatia.


O Superman não é identificável, ele é uma ideia, um simbolo de esperança que nunca pode morrer.

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