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A Babá é uma aula de cinema trash

Dificilmente se encontrará um admirador do trabalho de McG, seus dois trabalhos de maior relevância, As Panteras e DUFF - Você Tem, Conhece ou É (esse segundo engraçadíssimo) passam longe do radar da maioria. Na verdade, passei a conhecer seu nome apenas ao assistir sua nova produção Original Netflix, A Babá, que contra qualquer - literalmente todas - expectativa se mostrou uma boa obra, divertida e que sabe muito bem ao que veio.


A obra já surpreende logo de cara ao lançar uma competente montagem para compreensão de personagem: a personalidade excêntrica e medrosa de Cole é entendida e sua característica looser já é importante para a cena seguinte: uma inspirada cena de bullying em que - novamente - somos bem apresentados uns personagem, desta vez a que carrega o título, a sexy babá de Cole interpretada por Samara Weaving que consegue dar um charme a mais para o já conhecido e óbvio arquétipo de babá gostosa. O longa, na verdade, é inteiramente feito por arquétipos óbvios mas que se torna interessante ao paladar justamente pela segurança do diretor no tratamento desses arquétipos.

O que o cineasta cria não é algo simples: combinar a comédia e o horror sem que um enfraqueça o outro, usando ainda o gore para reforçar ambos os gêneros é para poucos, o filme sabe dosar perfeitamente suas transição, as cenas de horror assumem a sanguinolência exacerbada enquanto as de comédia são legitimamente engraçadas, e a forma com que uma completa a outra é tão eficaz que, já no terceiro ato do filme, você está tão naturalmente envolto na narrativa que até o drama consegue te prender.

E que seja claro: o que torna A Babá especial não é como ele inova o gênero de terror, é justamente o contrário, o controle do diretor sob as características já esperadas do gênero, veja como exemplo os outros antagonistas (colegas da babá em sua seita satânica): o estereótipo de personagem negro, o estereótipo de gostosa do colegial, o estereótipo de quarterback pegador, o estereótipo de oriental fria e calculista. Parece que temos um padrão aqui, e a forma escrachada que McG brinca com seus personagens e as expectativas do gênero criam sequências de gargalhar, como a que o quarterback deixa de matar o garoto e seu motivo ou a que Cole encontra a colegial morta e ela subitamente some na virada de câmera.

A Babá impressiona de engraçado e esquisitamente se torna memorável. E como memorável...

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