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Spotlight e o jornalismo em tempos de internet

Em 2001 não se fazia ideia do que a internet um dia poderia se tornar, ela que na época era apenas um projeto do que viria a ser anos mais tarde. E com o tempo podemos afirmar algo: ela mudou completamente a maneira como vemos/recebemos a informação, tudo acaba precisando ser mais dinâmico, e o problema é quando isso acaba tornando-a descartável.


Não vou ser aqueles extremistas que alegam que a internet matou o jornalismo investigativo, ainda existem excelentes matérias e reportagens que provam que o bom jornalismo ainda existe, alguns deles, inclusive, sendo feitos na internet, como o excelente "Boyhood Bolsa Família" da Folha de S.Paulo, que até ganhou um prêmio CNI esse ano. Mas o ponto que quero chegar é a extrema importância que é refletirmos o papel do jornalismo na sociedade (e o que ele representa), principalmente numa época em que títulos sensacionalistas que atraem cliques são, às vezes, mais importantes que o próprio conteúdo. Basta entrar agora no Twitter ou na página de Facebook de algum portal e ver com os próprios olhos, talvez você poderá encontrar algo como "veja os melhores memes da votação do impeachment".


E como se esses portais já não fossem suficientes, parece que as redes sociais vão se tornando cada vez mais o próprio acusador, advogado, juiz e juri. Isso é apontado em "The National Anthem", o primeiro episódio de Black Mirror, ele mostra como as redes sociais deixaram as notícias vazias, usando como exemplo o ataque terrorista em Paris ano passado, a cada segundo era descoberta uma nova informação que antes de ser confirmada já entrava no trending topic e ia sendo passada pelos portais, que não pensavam nas consequências de uma notícia falsa, era aquilo que daria likes e views. E eu nem comentei as notícias e reviews financiadas, que são nojentas!

E aqui falamos da importância de Spotlight e porque ele ganhou Oscar de melhor filme esse ano. Além de ser um filme situado em 2001, o ponto médio entre a sociedade pré/pós internet, ele também serve como uma declaração de amor ao jornalismo e a sua principal função: informar. O esforço e a coragem dos profissionais durante o filme é impressionante, e tudo isso para nos entregar um mal necessário, coisas que não queremos mas precisamos saber, aquelas verdades inconvênientes. O filme só falha em seus personagens, um tanto quanto rasos e mal desenvolvidos mas o que precisamos saber está ali: o amor pela profissão

Espero que esse filme sirva de exemplo e crie muitos jovens que, cansados de notícias de memes e fotos de celebridades no instagram, se apaixonem pelo jornalismo e cresçam exercendo sua profissão: informar a verdade.

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