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A quebra da quarta parede no cinema

Em Curtindo a Vida Adoidado e em praticamente todos os filmes do Woody Allen temos excelentes usos da quebra da quarta parede, mas esse termo foi criado para o teatro, a lógica é que existe a parede da direita, da esquerda e do fundo, a quarta parede seria o público, e ela é quebrada quando os atores da peça interagem com o expectador. Isso se aplica igualmente ao cinema, quando a personagem direciona a fala a quem está, geralmente, no cinema assistindo o filme. Enfim, quando algum ator ou personagem da peça ou filme interage com o público podemos dizer que a quarta parede foi rompida.


A técnica era usada muito no teatro, foi desenvolvida por Bertolt Brecht, que a chamou de teoria do teatro épico, que consiste em uma personagem tomar conhecimento de que suas ações não são reais, o efeito que ele queria causar é da plateia se lembrar que está vendo uma ficção e eliminar a suspensão de descrença, ele queria que a plateia assistisse de forma menos passiva, assim derrubando a quarta parede teria um público mais critico, o chamado efeito de alienação.

Parece simples mas quando Ferris Bueller nos ensina a matar aula ou o narrador de Um Barril de Risadas um Vale de Lágrimas não sabe o destino do personagem percebemos o potencial dessa técnica.

Falando de cinema o primeiro uso foi em 1903 em O Grande Roubo do Trem, a última cena do filme (que na época teve muita polêmica, existem relatos de pessoas que passaram mal na sala de cinema, inclusive isto criou um tipo de "código de conduta" para o cinema que durou muitos anos) um pistoleiro aponta uma arma para a câmera (você) e atira, parece bobo para quem já viu Deadpool mas na época foi chocante, veja abaixo:

(Filme Completo "O Grande Roubo do Trem", mencionei a cena final)

Mas ao longo da história do cinema temos diversos outros excelentes exemplos:
Em A Rosa Purpura do Cairo (1985), de Woody Allen, temos um exemplo muito criativo, o ator Jeff Danials está fazendo um filme que está sendo passado no cinema e ele saí da tela e vai para a realidade do filme interagir com a protagonista real, que confuso, ele quebra a quarta parede dentro da quarta parede, veja abaixo:

(Cena de La Rosa Púrpura del Cairo)

Em A Grande Lenda do Herói, de Arnold Schwarzenegger temos um exemplo parecido, em que um garoto entra em um filme de brucutu genérico.

Alguns outros filmes que usam desta técnica mas que o personagem dialoga conosco são Curtindo a Vida Adoidado, em que o personagem conversa com os adolescente assistindo, Alta Fidelidade, em que o personagem nos conta diretamente suas listas e algumas situações vividas por ele, o recente vencedor de Oscar A Grande Aposta, em que o personagem de Ryan Goslin conduz a trama falando diretamente com os expectadores e principalmente Noivo Neurótico Noiva Nervosa, este último é uma completa piração da mente de Woody Allen, personagens discutem para a câmera, personalidades citadas aparecem, legendas "traduzem" para o público o que a personagem realmente quer dizer, enfim, este é incrível.

Um comentário:

@ArturAlee #GeekDeVerdade. Tecnologia do Blogger.