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"Pelo menos foi só o terceiro" - Café Radioativo


Prometi a mim mesmo que este ano eu não leria Senhor dos Anéis de novo. É claro que foi em vão. Pelo menos foi só o Retorno do Rei, o terceiro, assim não iria querer depois ler os outros dois para rereler o terceiro no fim - e não faz nenhum sentido rereler um livro em apenas um ano. Não foi só isto que tem tornado este ano diferente do anterior e do antes desse, mas me fez descobrir a melhor invenção da humanidade: as bibliotecas.

Afinal, foi a baixa velocidade na leitura das obras pendentes que me fizeram parar de comprar livros. Esta promessa não foi em vão, e descobri a beleza que são livros emprestados e a maravilha de se ir numa biblioteca. Demonizada por meus pais "na minha época a gente tinha que ir EM BIBLIOTECA fazer trabalho" nunca pisara em uma até então. Quando pisei, foi amor a primeira vista: na entrada um cartaz dizendo "encontro RPG aos sábados", pow, fui conquistado. E numa infinidade de livros se escolhe o mais interessante e pode levar embora, de graça, para senti-lo as risadas e lágrimas até a próxima quinzena. Eu chamo de utopia.

Ok, 'de graça' entre aspas, já que existe o preço do ônibus até lá - que ironicamente compra um livro usado -, o fato de transporte público ser pago já é suficientemente frustrante, agora preços abusivos destes são uma afronta ao próprio direito de ir e vir. E numa cidade em que se perde horas no transito para ir a, basicamente, qualquer lugar em qualquer hora, o coletivismo deveria é ser um incentivo. Deveriam te pagar por pegar metrô. Ou pelo menos agradecer. No mínimo tratar com carinho e oferecer um abraço.

Pelo menos assim seria se o mundo fosse tão utópico quanto uma biblioteca. Enquanto não, posso ler (ou falhar miseravelmente na tentativa de ler) O Capital de Marx ou Contrato Social de Rousseau e imaginar se esta tal utopia fosse possível. Nesta epifania, assisto o mundo se tornar 1984 de Orwell.

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