As referências de Alex Turner em Star Treatment
A música que abre Tranquility Base Hotel & Casino soa como um sonho que foi confundido com memória, uma de quando se estava orbitando alguma lua e que agora parece loucura. O ambiente onírico me lembra aquelas músicas de Bowie, Monage Daydream ou o próprio Starman. E não fica para trás não: dá para se dizer - com nenhum embasamento - que é a mais sombria do grupo.
Ele critica a modernidade em alguns pontos da música, "Everybody’s on a bridge floating down the endless stream of great TV/Todo mundo está numa ponte flutuando pela correnteza infindável da grande TV" e essa ideia pode ser reforçada logo em seguida, quando Turner entrega os números "1984, 2019", e aqui temos uma citação genial: 1984 cita o livro de mesmo nome de George Orwell, que prevê elementos modernos como a falta de privacidade e a alienação (também pela TV recém citada), o 2019 fazendo referência ao agora, e como essas tristes previsões se tornaram verdade.
Mas não apenas isso: 2019 é o ano em que se passa a distopia de Blade Runner, e a vontade de frisar o filme é realmente forte, já que logo depois é novamente citado:
Há diversas outras referencias no álbum, como Batphone (ao Batman), ou One Point Perspective (a trilogia Vengeance, de Chanook). O clipe de Four Out of Five foi gravado na localização do épico de Stanley Kubrick "Barry Lyndon". Tem até uma faixa inteira (Science Fiction) para homenagear obras como Exterminador do Futuro e as viagens que elas faziam na cabeça de Alex.
I just wanted to be one of The Strokes/Eu só queria ser um dos The StrokesEmbora a primeira frase pareça uma simples homenagem, já que The Strokes inaugurou esse gênero de rock-indie lá em 2001, não se limita a isto. Como primeira linha do primeiro álbum depois de AM, Turner queria deixar claro que ele não passa de mais um fã do gênero alternativo como quem o escuta, endeusando a mesma galera, mas "Now look at the mess you made me make/Agora olha para a bagunça que você me fez fazer", tudo se tornou muito maior do que deveria ser e agora Arctic Monkeys é a maior banda britânica com essa legião de fãs. O compositor parece não entender o por quê disto, "Miles away from any half-useful imaginary highway/A milhas de distância de qualquer estrada imaginária semi-útil" tampouco a utilidade de tanta fama, já que no fim ela realmente não importa, como visto na próxima frase:
I'm a big name in deep space/Eu sou um grande nome no espaço profundoAi começam várias referencias a ficção cientifica: "deep space" é um termo muito utilizado em Star Trek, e não demora muito para dizer também "warp speed chic", outro termo recorrente na série clássica de 1966.
Ele critica a modernidade em alguns pontos da música, "Everybody’s on a bridge floating down the endless stream of great TV/Todo mundo está numa ponte flutuando pela correnteza infindável da grande TV" e essa ideia pode ser reforçada logo em seguida, quando Turner entrega os números "1984, 2019", e aqui temos uma citação genial: 1984 cita o livro de mesmo nome de George Orwell, que prevê elementos modernos como a falta de privacidade e a alienação (também pela TV recém citada), o 2019 fazendo referência ao agora, e como essas tristes previsões se tornaram verdade.
Mas não apenas isso: 2019 é o ano em que se passa a distopia de Blade Runner, e a vontade de frisar o filme é realmente forte, já que logo depois é novamente citado:
"Maybe I was a little too wild in the 70s" referencia novamente estas bandas que tanto inspiraram. E na estrofe seguinte a celebre frase de Caça-Fantasmas "So who you gonna call?" é respondida com "The police Martini", alusão a bebida do agente 007."What do you mean you've never seen Blade Runner?".
Há diversas outras referencias no álbum, como Batphone (ao Batman), ou One Point Perspective (a trilogia Vengeance, de Chanook). O clipe de Four Out of Five foi gravado na localização do épico de Stanley Kubrick "Barry Lyndon". Tem até uma faixa inteira (Science Fiction) para homenagear obras como Exterminador do Futuro e as viagens que elas faziam na cabeça de Alex.
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