Solidão e relacionamento no brasileiro Todas As Razões Para Esquecer
Sinopse: Ao terminar um relacionamento, Antonio acreditava que não teria dificuldades em superar a ex-namorada. No entanto, seus sentimentos não condizem com sua postura, pois à medida que o tempo passa, a dor da perda se acentua e paliativos como calmantes, bebidas e aplicativos de pegação se mostram incapazes de diminuí-la.
Todas As Razões Para Esquecer é sobre um jovem que, depois de um término, se vê perdido e sem perspectivas a curto e médio prazo, passando a perder gradualmente as emoções e a vontade de interação, assumindo posições absurdas por simplesmente não se importar com as consequências. Obviamente, se trata de um primeiro estágio de depressão. E o diretor estreante Pedro Coutinho impressiona no retrato com tal sutileza, sem se apoiar em decisões óbvias como demonizar a ex namorada.
Na verdade isto se torna um dos principais acertou, a identificação com ela é instantânea. Um relacionamento é pautado no diálogo, sempre procurando caminhos para contornar as desavenças para um dos lados. Quando um dos lados não se comunica, a convivência é impossível e o relacionamento começa a morrer. E, já que o longa trata destes assuntos em retrocesso se torna um "manual do que não fazer em um relacionamento", trazendo um aprendizado tanto para manter um relacionamento.
Johnny Massaro impressiona na criação do protagonista. Mesmo calado, Antonio passa boa parte de sua vida com medo de algumas coisas importantes. Se expor, tomar decisões, falar verdades, pedir coisas, assumir vontades e desejos, o que faz ele parecer indiferente a tudo. Ver tal indecisão ambulante por duas horas talvez seria massante, tornando a decisão por edições dinâmicas precisa e dando ao personagem de Massaro o tempo de 90 minutos para nos fazer embarcarmos em sua jornada de entendimento e correção.
Todas As Razões Para Esquecer é sobre um jovem que, depois de um término, se vê perdido e sem perspectivas a curto e médio prazo, passando a perder gradualmente as emoções e a vontade de interação, assumindo posições absurdas por simplesmente não se importar com as consequências. Obviamente, se trata de um primeiro estágio de depressão. E o diretor estreante Pedro Coutinho impressiona no retrato com tal sutileza, sem se apoiar em decisões óbvias como demonizar a ex namorada.
Na verdade isto se torna um dos principais acertou, a identificação com ela é instantânea. Um relacionamento é pautado no diálogo, sempre procurando caminhos para contornar as desavenças para um dos lados. Quando um dos lados não se comunica, a convivência é impossível e o relacionamento começa a morrer. E, já que o longa trata destes assuntos em retrocesso se torna um "manual do que não fazer em um relacionamento", trazendo um aprendizado tanto para manter um relacionamento.
O filme me lembrou muito Apenas o Fim, de Matheus Souza. Protagonizado por Gregório Duvivier o charmoso longa de 2008 retratava os (literalmente) últimos momentos de um relacionamento, e assim como Pedro Coutinho, a carga de identificação por parte desta geração millenials é notável. A absorção da insegurança no futuro e liquidez dos relacionamentos em tempos de redes social torna este um produto certeiro para a geração.
Você pode assistir Todas As Razões Para Esquecer (2018, 90 minutos) pela Netflix ou Apenas o Fim (2008, 80 minutos) pelo próprio YouTube.
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