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Capitão Fantástico: Abaixo ao sistema, poder ao povo


Roupas de marca, fast food, eletrônicos, shoppings e uma sociedade cada vez mais individualista, consumista, e homogênea. Essa é a crítica central do novo filme de Matt Ross, Capitão Fantástico.


A trama gira em torno de uma familia, "fora dos padrões" para o sistema capitalista, cujo vivem isolados com seus filhos, ensinado-lhes a sobreviver por conta própria, comendo alimentos naturais, e enaltecendo obras de autores socialistas. Ben (Viggo Mortensen) personagem principal do filme, decidiu burlar o sistema e morar com sua esposa e filhos em um ambiente natural, sem necessidade de escola (já que eles os ensinavam), eletrônicos ou algo do gênero.

O filme além de questionar sobre valores éticos e morais, a educação imposta a nós, o consumo excessivo, e posições políticas, tem também um lado sentimental, onde o pai tenta estar presente o máximo possível, e tornar-se um exemplo acima de tudo, em qualquer situação que fosse.

A crítica de maneira singela a proteção excessiva dos pais em relação aos filhos, a criação dada a eles, e o que acreditam ser certo ou errado baseados nas suas experiências, também tem seu espaço no filme. Ben cria seus filhos de maneira que, para ele, é justo, o correto, estando em perfeita sintonia com seu corpo e sua alma, tendo um excelente corpo físico e sabendo tudo sobre a Constituição dos Estados Unidos, por exemplo.


Quando recebem a notícia de que sua mãe se suicidou, de maneira nua e crua, e que foram proibidos pela própria família de ir ao enterro, resolvem, então, realizar o último desejo de sua mãe, ser cremada, todavia, com música e alegria, uma celebração a vida, para que sejam lembrados todos os momentos e risadas ao seu lado. 

Ao saírem de seu ambiente natural e irem para um cidade grande, tanto eles, como nós, telespectadores, temos um choque de realidade, e por mais que saibam de grandes autores ou filósofos, falta a eles uma "malícia" necessária  para se adaptarem, exemplo que, ao irem comer em uma lanchonete beira estrada, sua filha de 8 anos lhe pergunta o que seria uma Coca-Cola.

Em tempos de extrema intolerância política, (ou até mesmo religiosa já que consideram Papai Noel um elfo), é essencial mostrar diferentes posições, sejam elas A ou B, e o filme nos traz isso com certa leveza.

Sua esposa sempre expressava sua vontade de que seus filhos se tornassem grandes líderes revolucionários, e se questionassem o que seria mais importante, saber o que é a Adidas ou um Deus grego. E por viverem sem interferência da mídia, ou até mesmo meios de comunicação tradicionais, foram estimulados desde pequenos a pensarem, já que não tinham tudo "pronto" à seus olhos.


Capitão fantástico é um filme que explora sem medo o lado sentimental e racional quanto a vida, explora diferentes posições políticas, e, além de tudo, o valor de uma família.

2 comentários:

@ArturAlee #GeekDeVerdade. Tecnologia do Blogger.