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Resenha: Mônica - Força é pura identificação

Para quem admira o mundo de quadrinhos underground Bianca Pinheiro já é figura carimbada, Bear é fofo de doer, Meu Pai é Um Homem da Montanha subverte completamente sua expectativa e mal posso esperar para ler esse tal Alho Poró, porém foi em 2016 que ela alcançou o mainstream ao lançar sua própria Graphic MSP, esta, Mônica - Força, com um imenso poder de identificação.


A primeira releitura da turminha aconteceu em 2013 com o excelente Laços, pelos já lendários irmãos Caffagi, depois em Lições (2015), e foi em 2016 que tivemos a primeira aventura solo de um membro da turminha - esta obviamente, Mônica - que logo de cara acertou na premissa inteligente e instigante: desta vez o problema de Mônica não pode ser resolvido com sua "superforça", seus pais estão brigando constantemente, o clima deprimente em sua casa e o inegável divórcio afrente.

Mas premissa não cria narrativa, e é aqui que Bianca Pinheiro acerta em cheio, é louvável tratar o comportamento abusivo do Cebolinha e Cascão, Bianca também é precisa quanto ao tratar da deterioração do humor da Mônica conforme ela vai entendendo e aceitando a situação de sua casa, e ver essa amada personagem tão vulnerável parece causar vulnerabilidade no próprio leitor, nos criando empatia e aproximando dos dilemas da personagem. E para quem já passou por alguma crise familiar ao estilo da Mônica é identificação certa, leitores sensíveis vão lacrimejar do inicio ao fim com as cenas que parecem ser o cerne do que é ver seu lar desabando com a impotência de uma criança, momentos como quando ela encontra o pai no sofá pareceram me levar a outro tempo.


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