Header Ads

Posts recentes
recent

Quando Liga da Justiça usou o passado para apontar o futuro

No inicio de Homem Aranha: De Volta Ao Lar o tema do desenho clássico toca na abertura e é só nostalgia, afinal, Homem Aranha é um personagem icônico para a cultura pop que tem este potencial nostálgico que o resto dos vingadores, por exemplo, não tem. Claro que para consumidores de quadrinho esses personagens sempre serão icônicos - para estes, na verdade, qualquer insinuação de herói novo já é um desleite - porém crianças e adultos não vibravam com Homem de Ferro antes de 2008, afinal a Marvel não possui um tão grande legado tão grande pop quanto a DC.


Afinal, enquanto a primeira adaptação bem sucedida da Casa das Ideias ocorreu com Blade na década de 90, a trindade da DC (Mulher Maravilha, Batman e Superman) já possuía série(s) clássica(s), desenho(s) animado(s) e no caso do Batman e do Superman até uma já extensa franquia cinematográfica, (e aqui acho curioso que só agora, 10 anos depois do inicio do Universo Cinematográfico Marvel, que eles começam a conseguir se auto-referencial e parodiar os filmes anteriores, como no ótimo Thor: Ragnarok)



Se a galhofa do Cavaleiro das Trevas sessentista de Adam West, absolutamente pastelão é lembrada mais por saudosistas e gente tirando sarro, é inegável que as incursões de Tim Burton com o personagem, em 1989 e 1992, 23 anos depois, vieram a fortalecer a base para que, anos mais tarde, a bela trilogia de Cristopher Nolan estreasse no cinema e desse bandeira branca para que esses filmes super heroicos se tornassem trimestrais nos cinemas.



E até esse, por outro lado, dificilmente teriam existido sem os brilhantes filmes do Superman de Cristopher Reeve (e estou contando o II e o III aqui também). Por mais datados que possam parecer hoje, a trilogia do azulão na virada dos anos 1970 para os 1980 não são só o filme de herói original, como também uma obra prima cinematográfica de seu tempo, até hoje funcionando perfeitamente como manual para grandes histórias de super herói, ecoando, por exemplo, em filmes como Mulher Maravilha.

E foi, ao longo dessas décadas, portanto, que a DC construiu, nos cinemas, uma identidade repleta de elementos marcantes que ressoam com o público — sejam eles uma trilha sonora composta por John Williams ou Danny Elfman, uma frase de efeito característica como um “I’m Batman” da vida, ou uma determinada assinatura visual, como é com o Superman correndo em direção a um beco e estourando os botões pra revelar seu “S”. 



E Liga da Justiça aceitou esse legado. E só Danny Elfman e John Williams foram necessários.



Elfman optou não apenas em incorporar à sua trilha para Liga da Justiça o tema original de Superman, do John Williams, como “o único tema do Batman”, segundo ele mesmo: o seu, de 1989. O resultado é exatamente esse link emocional imediato com todos que se lembram e guardam no coração essas melodias icônicas, é uma associação cultural, você nem precisa ter visto o Superman de 78 para reconhecer seu tema, e foi uma pena apenas que não foram corajosos o suficiente para tocar além de uma nota.



E  só não me alongo mais por que são centenas (sim, centenas) de adaptações.

Nenhum comentário:

@ArturAlee #GeekDeVerdade. Tecnologia do Blogger.