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Gary Oldman e O Destino de uma Nação

Com a Grã-Bretanha à beira de perder a guerra para a Alemanha, Winston Churchill sofre pressão para fazer um acordo com Hitler para estabelecer o estado como parte do território do Terceiro Reich, mas resiste à pressão.

O Destino de uma Nação tem algumas virtudes, a atuação de Gary Oldman com certeza a principal delas, chamariz para o filme o ator um tanto overact mostra sua competência numa complexa construção de personagem, um equilíbrio perfeito entre o personagem histórico - o modo pausado de se falar - e a sua interpretação deste - o modo curvado de se andar -, criando um Winston Churchill extremamente memorável, sentimos empatia pelo personagem de imediato e já no primeiro ato entendemos seus medos, seus problemas e suas frustrações, um glorioso trabalho sem dúvida alguma merecedor do impacto causado nas premiações.



A desconstrução do heroísmo de Churchill é óbvia e bem aceita, muitos dessas adaptações da realidade (ainda mais sobre tempos de guerra) tendem a enaltecer a todo tempo a personalidade "genial" ou "messiânica" do protagonista, e esta não é a intenção da obra, que ao apresentar nosso herói de pijama já derruba qualquer máscara que desumanizasse o personagem.

A direção de Joe Wright também é notável, utilizando sua já assinatura no movimento de câmeras ele mostra uma ótima condução rítmica, apenas com alguns deslizes no retrate de diálogos com personagens paralelos, culpa do roteiro que não acompanha a qualidade dos demais aspectos, Elizabeth, secretária de Churchill, se mostra a primeira vista apenas uma personagem simpática e... continua assim, o seu entendimento nunca é pleno e ao fim serve apenas como escada para Oldman brilhar; o filme conta com outra personagem feminina, Clementine Churchill, vivida impecavelmente por Kristin Scott (O Paciente Inglês) e que foi mal aproveitada, algumas ideias da personagem são pinceladas pelo roteiro, como ela ter um passado com outros maridos ou estar tendo que resolver alguns problemas financeiros, mas o roteiro inexplicavelmente esquece disso logo em seguida.

A recriação de época é notável e o design de produção ótimo ao conseguir com competência criar todo aquele gabinete que, alinhado a direção, não é chato, sempre entendemos a geografia da cena e para onde os personagens estão indo naquele pequeno labirinto. O Destino de uma Nação é um bom filme que será lembrado pelo brilhantismo de Oldman e das boas características de ritmo e montagem, porém uma lástima que, por fim, o roteiro deixe a desejar ao criar algumas cenas desconexas e até paspalhonas.

Ps: relevante dizer que este é um filme irmão de Dunkirk, de Nolan, já que retratam duas faces da mesma batalha, vê-los juntos deverá ser uma bela experiência, com algumas rimas como a cena dos barcos indo para Dunquerque em O Destino de uma Nação ou o discurso de Churchill ao final de Dunkirk. O longa de 2011 O Discurso do Rei também pode ser considerado um "prelúdio", já que conta como ia Rei George VI oito meses antes destes eventos.

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Um comentário:

  1. Para mim, os filmes por que são muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de O Destino de uma Nação imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do atriz Lily James, uma atriz muito comprometida. Eu a vi recentemente em Baby Driver Filme. É uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção. A direção de arte consegue criar cenas de ação visualmente lindas.

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