Header Ads

Posts recentes
recent

The Last Jedi subverte o que é um Star Wars

Rian Johnson vai comandar a próxima trilogia de Star Wars, e ao fim de Os Últimos Jedi fica claro que sua jornada para construir essa nova temática de dualidade na força dentro do universo já estabelecido por George Lucas já começou. Cada movimento ali ruma em direção a uma Saga que não dá sinais de fraqueza ou falta de originalidade. E para isso, Johnson faz escolhas que tornam Os Últimos Jedi o filme menos Star Wars de toda a Saga, e por incrível que pareça foi um saldo positivo.


Ao contrário de O Despertar da Força que tem sua força ancorado na nostalgia do fã e não conta nada de novo, Os Últimos Jedi é subversão e momentos inesperados o tempo todo. Aliás, quando você acha que os créditos vão começar a subir, a história se prolonga. E segue aquela tensão. O previsível do Episódio VII dá lugar a uma obra pautada em surpreender e mantê-lo tenso por saber, desde o início (literalmente a primeira aparição daquele que todos querem ver), que o filme não vai ser o que se esperava. 

Johnson está obcecado em não fazer uma nova versão de O Império Contra-Ataca. Se Star Wars sempre foi um série infantil e maniqueísta, aqui ele adiciona um pouco de tons de cinza. O mal não precisa ser absoluto e o bem, muitas vezes, quebra suas próprias regras para algo maior. E é interessante como o filme brinca com a metalinguagem da nossa expectativa do que é Luke Skywalker com a da Rey, e quando esse diz para ela o que as lendas fizeram com os Jedi é um balde de água fria no público que passou mais de 30 anos conspirando sobre seus atos heroicos.

Os Últimos Jedi define seu ritmo baseado na falta de esperança. Se O Despertar da Força definiu que A Primeira Ordem é tão poderosa e opressora quanto o Império, aqui fica claro que seu poder de fogo é muito superior a Resistência. Transformando o exército de Leia em um grupo de rebeldes desgarrados e sem o apoio da galáxia, só esperança. Mas seguindo a lógica de Rogue One, rebeliões são sustentadas por esperança, esperança que parece uma fagulha prestes a apagar, essa só Luke pode reacender.

A desconstrução de Star Wars: a importância dos Jedi é finalmente posta a prova (e não é fazendo coreografias de luta absurdas), a Luz e o Lado Sombrio se mostram parte de um equilíbrio muito maior, e pela primeira vez a sentimos permeando toda a vida, é o Yin Yang, a tentação e medo na alma da pura criança de Tatooine e a esperança que nos faz acreditar mesmo em tempos sombrios, o bem e mal são tão, na verdade, cinzas, que o longa faz questão de dedicar uma cena ao Finn descobrindo que os Rebeldes e o Império financiam a mesma escória que lucra com a guerra, e, mesmo sem Grey Jedi Star Wars entendeu que não temos que destruir o que odiamos, e sim salvar o que amamos.


Nenhum comentário:

@ArturAlee #GeekDeVerdade. Tecnologia do Blogger.