O mundo, novamente, precisa de Star Trek
Num post de 2015 sobre Tomorrowland (post este que nem existe mais) comentei a importância de ficções científicas positivas, afinal no estado que o mundo estava - grupos extremistas, ataques terroristas, Je Suis Charlie, os mortos na síria - nada como um pouco de esperança para nos unir por um futuro em que atrocidades assim não aconteçam, mal sabia eu que em setembro de 2017, dois anos depois, o mundo estaria num estado ainda mais deplorável.
Direita autoritária ganhou poder, golpes políticos foram feitos, nações unidas separadas, cura gay, mais separações étnicas, o mundo até viu uma passeata neonazista, algo incompreensivo para o século, e, depois de ver dois episódios de Star Trek: Discovery e me deparar com a notícia da autorização de um ensino religioso em escolas públicas percebo que aquele futuro sem preconceitos ou distinção de classes em que focamos na ciência para evoluir parece cada vez mais utópico, afinal, a mesma ciência que poderia ser usada para sobrepor fronteiras está em bombas nucleares na mão de dois adolescentes mimados se provocando.
A cultura ocidental sempre teve um flerte com a noção de fim de mundo, mas com a Era das Fake News temos um boato de fim de mundo por semana, e Star Trek já começa por mostrar que sobrevivemos, a humanidade tem um futuro! E, pasmem, ele é bom. Foi a ciência que criou as vacinas e diminuiu o índice de mortalidade infantil mais de dez vezes, e mesmo com falsas superstições que fazem pais arriscarem a vida de seus filhos, o futuro está recheado dessa ciência, a Frota estelar tem homens e mulher; brancos, negros, latinos, asiáticos e árabes; humanos e alienígenas, todos juntos lutando para ir onde ninguém (no one) (e não nenhum homem (no man), como no slogan original da década 1950) jamais foi. A força não vem da pureza, mas sim da diversidade.
E parte desse vasto cosmo, nós, a humanidade, não nos inferiorizaremos ou faremos isto aos outros. Olhamos para o céu e nos perguntamos sobre nós mesmos desde o inicio dos tempos, e evoluir até chegar lá nos torna grandiosos, nos faz ser parte desse cosmo, já que cada nova ideia, cada descoberta, apenas reflete de volta e sonda a própria natureza humana.
Direita autoritária ganhou poder, golpes políticos foram feitos, nações unidas separadas, cura gay, mais separações étnicas, o mundo até viu uma passeata neonazista, algo incompreensivo para o século, e, depois de ver dois episódios de Star Trek: Discovery e me deparar com a notícia da autorização de um ensino religioso em escolas públicas percebo que aquele futuro sem preconceitos ou distinção de classes em que focamos na ciência para evoluir parece cada vez mais utópico, afinal, a mesma ciência que poderia ser usada para sobrepor fronteiras está em bombas nucleares na mão de dois adolescentes mimados se provocando.
E parte desse vasto cosmo, nós, a humanidade, não nos inferiorizaremos ou faremos isto aos outros. Olhamos para o céu e nos perguntamos sobre nós mesmos desde o inicio dos tempos, e evoluir até chegar lá nos torna grandiosos, nos faz ser parte desse cosmo, já que cada nova ideia, cada descoberta, apenas reflete de volta e sonda a própria natureza humana.
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