Quando o ódio nos destruiu em Planeta dos Macacos: A Guerra
Irônico pensar que a atual franquia blockbuster mais humana
seja uma sobre macacos, mas é, a excelente dosagem do diretor Matt Reeves em
complexidade com entretenimento no maior estilo pop tornou “Planeta dos Macacos
– O Confronto” e “A Guerra” filmes extremamente memoráveis, este segundo a
começar com a felicidade em individualizar César e o coronel, que se antagonizam poderosamente. O grupo paramilitar do segundo, vitimizado pela crise
causada pelo próprio vírus dos macacos, é altamente compreensível por lutar pela sobrevivência da espécie assim como César.
Porém (e dessa vez realmente) os dois povos não podem
coexistir, e aqui vemos os confrontos internos do protagonista vivido (sempre)
brilhantemente por Andy Serkis, conforme amadurecendo ele percebe que o tanto
subjugado Kobe esteve certo, mas com isso chegam os dilemas de abandonar parte
do que ele acreditava, César percebe se tornar aquilo que jurou destruir, mas o
ódio nunca é o caminho, e as coisas começam a dar um pouco erradas.
Há aqui alguma alusão à intolerância que vivemos hoje no
mundo real, onde crises de refugiados (ou manifestações nazistas em Charlotteville) por exemplo nos fornecem uma dose diária agonizante do pior que o ser humano pode ser, e isso graça às intolerâncias do campo de concentração, escravizar os macacos e combater a própria raça pensando em superioridade, enquanto os
macacos em consciência de bem coletivo se salvam os humanos mais se alto destroem
do que são enfrentados, no final é o ódio por nós mesmos que nos destruiu, e
embrutecido por ele César precisa, antes de voltar à liderança, se purificar do ódio e assim manter uma sociedade
justa, que talvez tenha um final melhor que nós, humanos. “A Guerra” do título
parte para uma referência ainda menos nítidas dentro da trama, fomos enganados
pelo marketing (não de todo ruim), não há guerra entre símios e pessoas, só
ódio, ódio dos homens por tudo. Como quando o Coronel ergue um muro para
separar os humanos “puros” de todo o resto deles.
Um César quase profético, totalmente problemático e de teimosia inescapável
e um Coronel como a personificação do ódio humano presente em cada comentário do G1. Planeta dos Macacos: A Guerra é tão em falta “blockbuster ideal".
Judy Greer é uma ótima atriz, é muito talentosa e bonita, não há filme que não me surpreenda. O último que eu vi foi em um de os melhores filmes de drama chamado 15:17 Trem Para Paris na minha opinião, foi um dos melhores filmes. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio, cuida todos os detalhes e como resultado é uma grande produção, um filme que se converteu em um do meus preferidos. Sem dúvida a veria novamente! É uma boa opção para uma tarde de lazer.
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