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As intrigas e a narrativa fantástica de Guerra dos Tronos

O primeiro contato com Guerra dos Tronos, primeiro volume das Crônicas de Gelo e Fogo, pode ser um tanto assustador, afinal, por conta de sua extensão (o primeiro livro contendo 592 páginas) parece conter uma narração cansativa, mas o autor George R. R. Martin soube fazer o melhor uso possível das até então 3.642. Conheci o livro pela série, e posso dizer felizmente que aos poucos os cenários e rostos da série vão se apagando e dando lugar as descrições fantásticas de Martin.


Os capítulos de Martin funcionam com pontos de vista, construindo assim uma narrativa instigante e que evoluí de modo fluido com as doses certas de mitologia, afinal, assim como nas grandes obras da High Fantasy, criado por Tolkien e que parece atingir o ápice nas páginas de Martin, o mundo é completamente paralelo ao nosso, e as citações e acontecimentos prévios a história dos nossos personagens são literalmente milenares, toda uma cadeia de acontecimentos que resulta nos acontecimentos da saga.

Enciclopédia O Mundo de Gelo e Fogo
Pode-se dizer que, apesar de serem oito personagens e seus pontos de vista, a história se divide em três núcleos, que em certos pontos se entrelinham mas que são divididos pela distância física, primeiramente a Muralha e a Patrulha da Noite, eles são um bando de órfãos e a escória da sociedade, que foram postos num lugar inóspito de amor e vida, eles protegem os Sete Reinos das ameaças acima da muralha, em especial claro dos considerados extintos White Walkers, que já no incrível prólogo de abertura são apresentados de modo medonho, e enquanto acontecem as intrigas de Westeros em toda sua magnitude vamos percebendo que a verdadeira ameaça vai ser quando o inverno chegar e esses zumbis descerem. de qualquer maneira você vai desenvolvendo certa empatia pelos patrulheiros e suas tristes histórias, incluindo do Bastardo de Winterfall Jon Snow.

O segundo núcleo é o que intitula o livro, as intrigas para sentar no trono de ferro ficam ainda mais tensas quando Jon Arryn, o até então mão do rei morre misteriosamente, o clima é de conspiração contra Robert Baratheon, então ele pede socorro ao seu fiel amigo Eddard Stark, o convidando para ser mão do rei, e ele o faz, tornando sua filha Sansa pretendente de Joffrey, próximo na linhagem Baratheon. Isso deixando a responsabilidade do Norte para seu filho mais velho, Robb Stark. O interessante deste núcleo é que na maior parte dos momentos as personagens estão próximas, então é claro o impacto delas no mundo, vemos personagens se cruzando e conspirações sendo feitas pela ótica de cada personagem, e isso dá um aspecto realista para obra assim como a deixa tensa em momentos que personagens queridos (ou não) se cruzam, e podemos ver o ponto de vista de cada um, às vezes com o raciocínio de um capitulo só sendo concluído no seu subcessor.


Temos também o núcleo de Daenerys, o talvez mais instigante do livro, Danny é uma Targaryen, possuindo o sangue de dragão que reinou os Sete Reinos por séculos até seu pai sofrer uma rebelião liderada por Robert, ela certamente é a personagem que mais visivelmente evoluiu no primeiro livro, e com o passar das páginas vamos entendendo sua luta, que facilmente sustentaria um livro próprio. Daenerys foi obrigada pelo seu irmão Viserys a se casar com um Kal, que possui um vasto exercito, o plano de Viserys é usar o exercito de Kal Drogo para retomar o trono para sua família, o plano não sai como era planejado, mas serve como empurrão para o descobrimento de Daenerys como a mulher forte que ela vai se tornar ao fim de Guerra dos Tronos. Algo interessante dos capítulos de Daenerys é que eles nos apresentam alguns conceitos importantes, citação de criaturas fantásticas e de grandes reis, sem contar que só a existência dos Dothraki e de seu idioma próprio já mostra a extensão deste continente de Westeros e o apelo de Martin para seu "realismo fantástico".

Confira também "Game of Thrones: Personagens dos livros que fazem falta na série"

2 comentários:

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