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O casamento do Batman chegou (Review Batman #50)

Um casamento pedido por Bruce Wayne na edição #24 e aceito por Selina Kyle na edição #32, o Batrimônio chegou em sua comemorativa edição #50!

Depois de quase dois anos construindo essa história, Tom King finalmente dá a "conclusão" para o casamento de Bruce com Selina, e, digo entre parenteses, por se tratar apenas da metade do run do escritor no título do Batman, ainda teremos mais 50 edições para verdadeiramente entender o que tudo isso significa, mas, no momento, todos parecem muito decepcionados com a edição. E por quê?


Se há um principal culpado esse é o próprio brilhantismo de Tom King, desde Xerife da Babilônia o homem estava pronto para os holofotes, o que suas filosóficas 12 edições de Visão deixaram ainda mais claro. Mas foi na DC com o Batman que ele realmente se consagrou. Pegar mais um personagem saturado e conseguir elevá-lo novamente, criando um plano de fundo muito mais profundo e emocional para as histórias foi impressionante... Desde o arco do suicídio vejo o personagem com outros olhos, e consigo mais me aproximar dele, também. Falo desse arco aqui.

E isso fez com que, quando o pedido de casamento aconteceu, não parecesse mais uma polêmica para o título manter vendas (ala Capitão América da Hydra) e sim um avanço natural da construção do personagem de King (as própria edições de Telhados, edição #14-15 lindamente ilustradas por Mitch Gerads, onde Batman e Mulher-Gato passam a noite combatendo o crime enquanto fazem amorzinho já provam essa preocupação com a coesão narrativa para o pedido acontecer).

E, depois de Thomas Wayne em O Botón mandar seu filho largar o manto para ser feliz, o que mais Bruce poderia fazer?

E se passaram mais 18 edições desde a aceitação, MUITOS tie in e MUITAS capas variantes para o Batcasamento quando... Selina nem vai ao altar, deixando seu marido esperando eternamente. Com a desculpa de que, depois da conversa com o Coringa da edição #49 ela percebeu que se Bruce ser feliz, Batman deixará de existir, e Batman precisa continuar existindo, já que muito mais que um combatente do crime ele é uma ideia de justiça que paira sobre Gotham na escuridão perigosa da noite. A ideia faz sentido e a grande decepção aqui é por ser uma ideia reciclada, o "Batman não pode ser feliz" sempre permeou o título do Morcego, e esperávamos uma novidade aqui, algo realmente corajoso que não nos foi entregue.


Mas Tom King é artista, um que até então não decepcionou, e a própria aparente tentativa dele de começar um drama Shakespeareano aqui é meio clara. Se vai continuar sendo tão bom e inovador quanto já foi não sabemos, porém continuarei lendo com o mesmo entusiasmo para entender o que aquele painel de Bane na última página de apenas mais uma edição do arco querem dizer.

E neste "apenas mais uma edição" que se encontra o verdadeiro problema, o motivo de tanta expectativa foi justamente o que nos foi prometido, a DC divulgou, vendeu, e criou tanto hype desnecessário para essa edição média que se tornou a grande vilã desta revista que mais homenageou o herói do que realmente quis contar alguma história.

Agora, rumo a edição #100, descobriremos novamente, segundo o rei, por que "felicidade" e "Batman" não vêem acompanhados. A edição 50 foi apenas mais uma de um run genial de um escritor incrível.

"Escrito pelo aclamado roteirista Tom King com desenhos de grandes artistas como Joëlle Jones, David Finch, Mikel Janin, Lee Bermejo, Frank Miller, José Luis García-López, Ty Templeton, Becky Cloonan, Andy Kubert, Neal Adams, Rafael Albuquerque, Mitch Gerads entre outros nomes da indústria. Além da capa original por Mikel Janin e as variantes por Scott Williams, Jim Lee e Olivier Coipel."

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