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A falsa liberdade de Into The Wild

Uma coisa é fato: queremos ser livres, todos nós, e a mídia nos faz questão de lembrar disso o tempo todo, em comerciais de carro ou em obras sobre a nossa existência. E Into The Wild é a busca por essa tal liberdade, esta que se encontra essencialmente em nós mesmo, no que fazemos quando estamos em domingos despreocupados ou noites irresponsáveis, infelizmente algumas pessoas são tão oprimidas por seu caótico interior (consequentemente seu exterior também) que se perdem nesse labirinto para a felicidade. A história real do jovem Christopher McCandless que resolveu abandonar tudo (família, amigos, faculdade) e remar para a solidão. Uma busca desesperada para encontrar algum sentido em sua existência, algo que todos nós fazemos diariamente de maneira menos dramática.

Christopher é a imagem do homem perdido e que constrói para si inimigos. Na sua concepção, o dinheiro e as convenções sociais transformaram os seres humanos em máquinas apáticas, incapazes de olhar para as pequenas coisas da vida. Por um lado ele não deixa de ter razão, mas não existe um culpado. O ser humano é sim um ser que precisa de luz para não se tornar cinza. Nos esquecemos das coisas valiosas porque elas não custam nada.
Há uma cena onde ele sai de um abrigo para moradores de rua e caminha pelo bairro. Ele passa por várias pessoas dormindo ao relento, com frio, se apegando ao pouco que tem. Logo em seguida se depara com um bar lotado de pessoas jovens e bem vestidas. Ele se enxerga lá dentro. O que Christopher não percebe é que ele é um privilegiado por escolher onde estar. No bar, na rua, em qualquer lugar. Somente quem tem tudo pode escolher não ter nada, para aquelas pessoas com frio e fome, a ideia de partir rumo ao desconhecido é tão idiota e sem sentido quanto a visão que Christopher tem da sociedade. Eles só queriam a cama, família e comida quente que Chris sempre teve. 

 No fim, mesmo com alguns valores destorcidos Into The Wild é ótimo em jogar as cartas na mesa, todos nós já sonhamos ou vamos sonhar com esse momento em que largaremos tudo e iremos rumo ao desconhecido, mas, bem da verdade, vivemos nossas jornadas de auto descobrimento no dia a dia e é importante sempre lembrarmos disso, assim, quando nos olharmos no espelho voltando do trabalho, conseguiremos nos reconhecer no reflexo. Christopher percebeu isso e quis voltar, mas era tarde demais, e que fique de lição: todos nós sairemos em nossas jornadas pessoais mas é importante nunca esquecermos do que é realmente importante, afinal, se diferente de Chris, voltarmos, é bom que estejam esperando por nós.


Um comentário:

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