A América segundo Donald Glover em Atlanta
Donald Glover definitivamente está em pautas, além de queridinho da cultura pop por seus recentes trabalhos como consultor de roteiro de Pantera Negra, sua ponta em Homem-Aranha: De Volta ao Lar, e reinterpretação de de Lando Carrison (que ainda não tive o prazer de desfrutar). Seu recente clipe - que você certamente viu e reviu - This Is America deu uma boa sacudida lá em cima.
Mas o que passa despercebido por muitos foi a sua mais orgulhosa criação, uma das melhores séries da atualidade (segunda, na verdade, atrás de Master Of None) está em suas mãos, tanto pelo protagonismo quanto pela produção, roteiro e eventual direção. Estou falando de Atlanta, vencedora do Emmy de melhor direção de comédia.
A série acompanha a vida de dois primos no sonho americano - bom, dos aspirantes a astro de rap, pelo menos -. Earn (o famigerado) luta para sair da margem da sociedade, conseguir um emprego decente enquanto lida com a ex-esposa e tenta cuidar da filha pequena. Se isso parece um arquétipo comum, não se preocupe, Atlanta passa longe de apelar pra fácil resolução (o que seria fácil, na verdade, já que quando se trata de um produto sobre músicos parece que o "acredite nos seus sonhos" chega a tremer). Seu relacionamento com Vanessa, a ex, não é nada convencional, e Earn vive na pele o sujeito que tem o fracasso como principal aliado. Mas sua vida parece caminhar para uma guinada quando descobre que seu primo traficante, Paper Boi, viralizou no Youtube com um clipe.
E, cutucando em temas como pobreza, raça, música, criminalidade e violência, Atlanta provoca o espectador ao mesmo tempo que lhe tira alguns sorrisos. O roteiro usa a comédia como escada para assuntos reflexivos e necessários. Há, no piloto, por exemplo, um momento onde uma personagem fala a respeito do esteriótipo “angry black woman“, ou Paper Boi desabafando: “eu assusto pessoas no caixa eletrônico“. E vai além, de apropriação cultural a como endeusamos famosos, Atlanta não usa os episódios com total continuidade, cada episódio serve as vezes como uma peça única para analise de um determinado assunto, o que Aziz Ansari fez em Master of None para uma geração classe-média alta viciada em entretenimento Donald Glover trás para as regiões periféricas.
E, se quer ser convencido, veja B.A.N. (EP07S01) na Netflix, o episódio sobre um pseudo canal de televisão focado nos afro-americanos entrevistando Paper Boi alcança o patamar de genial em traduzir toda a mentira e sensacionalismo da internet em 20 minutos de episódio. Atlanta é um produto único que você não pode deixar passar despercebido.
Ah, e tem na Netflix.
Mas o que passa despercebido por muitos foi a sua mais orgulhosa criação, uma das melhores séries da atualidade (segunda, na verdade, atrás de Master Of None) está em suas mãos, tanto pelo protagonismo quanto pela produção, roteiro e eventual direção. Estou falando de Atlanta, vencedora do Emmy de melhor direção de comédia.
A série acompanha a vida de dois primos no sonho americano - bom, dos aspirantes a astro de rap, pelo menos -. Earn (o famigerado) luta para sair da margem da sociedade, conseguir um emprego decente enquanto lida com a ex-esposa e tenta cuidar da filha pequena. Se isso parece um arquétipo comum, não se preocupe, Atlanta passa longe de apelar pra fácil resolução (o que seria fácil, na verdade, já que quando se trata de um produto sobre músicos parece que o "acredite nos seus sonhos" chega a tremer). Seu relacionamento com Vanessa, a ex, não é nada convencional, e Earn vive na pele o sujeito que tem o fracasso como principal aliado. Mas sua vida parece caminhar para uma guinada quando descobre que seu primo traficante, Paper Boi, viralizou no Youtube com um clipe.
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| Donald Glover |
E, se quer ser convencido, veja B.A.N. (EP07S01) na Netflix, o episódio sobre um pseudo canal de televisão focado nos afro-americanos entrevistando Paper Boi alcança o patamar de genial em traduzir toda a mentira e sensacionalismo da internet em 20 minutos de episódio. Atlanta é um produto único que você não pode deixar passar despercebido.
Ah, e tem na Netflix.
Eu acho ele um artista talentosíssimo! Ele atua, canta,dirige, escreve...Sua série Atlanta é demais! Gostei muito de um documentário que vi ontem que fala do mesmo assunto, Diga o nome dela: A vida e Morte de Sandra Bland, um dos bons documentários atuais muito impactante, sobre um caso que em que uma ativista morreu e que contribuiu em muito para o movimento Black Lives Matter. Acho fundamental para repensarmos sobre a nossa sociedade. Super recomendo.
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