Não é "só um filme": garoto volta a estudar depois de assistir Pantera Negra
Pantera Negra está a apenas alguns milhões para se tornar a segunda maior arrecadação de um filme de herói na história. Atrás, apenas, de Vingadores, nesse meio tempo alguns recordes foram quebrados, a maior arrecadação da história de fevereiro, maior arrecadação de um filme de herói solo e o filme que conseguiu ficar mais tempo em primeiro lugar nas bilheterias (este, passando Avatar), o boca-boca está levando o filme de Ryan Coogler a um patamar inimaginável.
Um filme ser tecnicamente bom o suficiente para ser citado pelo menos uma dezena de vezes no Oscar semanas depois de seu lançamento é um grande feito, assim como fazer sucesso de público e critica também, ainda mais quando se trata de um filme que assistir é quase como um ato politico, e a importância do primeiro blockbuster deste nível estrelado praticamente inteiro por um elenco negro está sendo sentida até no Brasil.
Foi na Comic Con Experience em 2017 que Ryan Coogler disse para o Brasil o quanto Cidade de Deus foi uma inspiração na concepção de Pantera - até Michael B. Jordan, ator que interpreta o vilão Killmonger, disse que se inspirou nos vilões do filme brasileiro - mas a maior inspiração não foi estética, Ryan disse que queria um herói para aquelas crianças corrompidas das favelas e comunidades do Rio de Janeiro se inspirarem. Ele conseguiu.
Renato Siqueira saiu de casa após brigas com a irmã e alugou um barraco por R$ 130 ao mês. O dinheiro para o aluguel vem do trabalho como engraxate na Central do Brasil e sem tempo, acabou abandonando a escola. O garoto vive no Parque das Missões, favela em Duque de Caxias. Sua história se cruza com a do Rei de Wakanda quando Renato vai ao cinema assistir Pantera Negra. Tudo graças a instituição Apadrinhe um Sorriso, que levou 152 crianças maiores de 8 anos para o cinema. Renato estava lá.
Não é só um filme.
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Renato Siqueira de Castro, 15 anos |
Um filme ser tecnicamente bom o suficiente para ser citado pelo menos uma dezena de vezes no Oscar semanas depois de seu lançamento é um grande feito, assim como fazer sucesso de público e critica também, ainda mais quando se trata de um filme que assistir é quase como um ato politico, e a importância do primeiro blockbuster deste nível estrelado praticamente inteiro por um elenco negro está sendo sentida até no Brasil.
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Michael B. Jordan caracterizado como Killmonger |
Renato Siqueira saiu de casa após brigas com a irmã e alugou um barraco por R$ 130 ao mês. O dinheiro para o aluguel vem do trabalho como engraxate na Central do Brasil e sem tempo, acabou abandonando a escola. O garoto vive no Parque das Missões, favela em Duque de Caxias. Sua história se cruza com a do Rei de Wakanda quando Renato vai ao cinema assistir Pantera Negra. Tudo graças a instituição Apadrinhe um Sorriso, que levou 152 crianças maiores de 8 anos para o cinema. Renato estava lá.
Foi o Pantera Negra que me fez voltar a estudar. Sem a escola eu não consigo nada. Parei e pensei: Pô, melhor eu voltar a estudar. Pensei nisso quando vi o Pantera Negra ter que virar rei depois que o pai morreu. Ele achou que não ia conseguir. Mas ele tinha estudo e conseguiu
Não é só um filme.
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